Elétricos e Híbridos
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GM e Hyundai firmam parceria para veículos híbridos e a hidrogênio

O impacto desse acordo é significativo não apenas para as duas montadoras, mas também para o mercado automotivo como um todo.

A General Motors (GM), proprietária da Chevrolet, e a Hyundai Motor Group anunciaram no último dia 12 um acordo estratégico para o desenvolvimento conjunto de veículos com foco em combustão, eletrificação e hidrogênio. O objetivo principal é a redução de custos e o aumento da eficiência energética, tanto nas operações das empresas quanto nos seus produtos.

A parceria abrange a produção de veículos de passageiros e comerciais, com ênfase no compartilhamento de matérias-primas para baterias e no desenvolvimento de novas tecnologias limpas. Essa estratégia visa aumentar a competitividade, especialmente no segmento de veículos eletrificados, que está em expansão devido ao crescimento das marcas chinesas.

Hyundai amplia foco nos híbridos

A Hyundai tem planos ambiciosos para a expansão de sua linha de híbridos, pretendendo dobrar a oferta mundial desses veículos até o fim de 2024. Paralelamente, a montadora sul-coreana está investindo em EREVs (veículos elétricos com extensão de autonomia), onde o motor a combustão atua como gerador para o motor elétrico, oferecendo (possivelmente) autonomias superiores a 900 km.

Enquanto isso, a GM vem mudando sua estratégia. A CEO Mary Barra revelou, em entrevista à CNBC, que a montadora não atingirá a meta de produzir 1 milhão de veículos elétricos até 2030, principalmente devido à baixa demanda no mercado americano. Essa queda na procura fez a GM reconsiderar sua transição direta para a eletrificação completa, passando a adotar veículos híbridos como parte essencial de sua nova estratégia.

Parcerias anteriores e desafios futuros

A General Motors e a Hyundai anunciaram ao mercado uma parceria, com o objetivo de explorar uma colaboração estratégica em diversas áreas – Foto: Divulgação

A GM já havia estabelecido uma parceria com a Honda em 2022, também com o objetivo de reduzir custos na produção de veículos elétricos. No entanto, essa colaboração foi encerrada em outubro de 2023, devido a diferenças nas visões de futuro entre as duas empresas. Com a Hyundai, a GM aposta novamente em um acordo focado em eletrificação e híbridos.

A expectativa é que os primeiros produtos dessa nova colaboração levem algum tempo para chegar ao mercado, embora as duas montadoras já tenham sinalizado a mudança de rumo em suas estratégias de eletrificação. O foco agora está em híbridos, uma medida que reflete a pressão dos concessionários e do mercado americano.

Próximos lançamentos

Soma-se a chegada do elétrico Chevrolet Blazer e ao próximo lançamento da marca ser o Chevrolet Equinox, elétrico já em testes no país, e o combo está formado.

Além dessa parceria, a GM continua com sua linha de veículos elétricos. O Chevrolet Blazer elétrico já está disponível, e o Chevrolet Equinox elétrico está em testes. A montadora também está preparando um veículo elétrico de entrada para o Brasil, com lançamento previsto para 2025, quando a Chevrolet celebrará 100 anos no país.

Já a Hyundai tem planos de lançar 21 modelos elétricos até 2030 e expandir sua linha de híbridos. Entre os novos lançamentos, está prevista uma versão híbrida do Hyundai Creta, visando consolidar a presença da montadora no mercado de SUVs híbridos.

Implicações para o mercado automotivo

O impacto desse acordo é significativo não apenas para as duas montadoras, mas também para o mercado automotivo como um todo. A busca por uma maior eficiência energética, associada ao desenvolvimento de novas tecnologias de propulsão, coloca GM e Hyundai em uma posição estratégica para enfrentar a concorrência, especialmente com a ascensão de fabricantes chinesas que já lideram em algumas categorias de veículos eletrificados.

Outro ponto de destaque é o potencial que essa parceria oferece para acelerar o uso de hidrogênio como uma alternativa viável para o setor automotivo. Embora o foco inicial esteja nos veículos híbridos, a adoção de tecnologias baseadas em hidrogênio pode ser um diferencial importante para ambas as empresas no longo prazo.

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